1 x 19

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Já sabemos que nem tudo que sai no jornal ou no portal de notícia deve ser levado em conta, mas parece que boa parte das pessoas se esquece desse detalhe óbvio. Tudo é uma questão comercial, não se iluda. Também não adianta reclamar se uma emissora pende sua preferência para determinado time. Se você sabe que existe manipulação da informação não caia na armadilha.

Antes do Fla x Flu de ontem, o Fluminense tinha duas vitórias em três jogos. O time conta com bons jogadores como Cavalieri, Jean, Conca, Sóbis e o titular da seleção brasileira: Fred. Todos esses caras tem no mínimo dois títulos importantes no clube e estão no time há pelo menos três anos. Do outro lado o flamengo, um time recheado de jogadores recentes, qualidade discutível e carente de um ídolo. Sim, atualmente eles só tem o Léo Moura.

Do lado de lá, amigos, o desespero é grande e já conhecido. Eles não se aguentam. Qualquer jogador que faz uma boa partida vira craque. Um atacante medíocre é melhor que Eto’o, um tampinha ligeiro como Rafinha vira sensação de um campeonato fraco como o Carioca, meia dúzia de gols transformam um centroavante mediano em Brocador e um argentino recém chegado veste a lendária camisa 10 e é tido como craque do futuro, sendo comparado ao Conca.

Mas está ai a diferença entre nossas torcidas. Do lado de lá, esses jogadores folclóricos ganham a mídia de maneira positiva e mesmo sendo humilhado internacionalmente e ter começado mal o Brasileirão, na semana que antecede o clássico, as reportagens eram sobre volta por cima, clima tranqüilo e vontade de vencer. No Fluminense as notícias eram a tristeza do Cavalieri pela ausência na lista pra Copa, era uma matéria grande sobre o pedido de aumento salarial do Fred, era sobre a briga entre diretoria e patrocinador, era a confusão do departamento de futebol do clube que não tem comando.

Isso influencia, por quê? Porque quando um brocador da vida pega a bola e chuta longe do gol a torcida grita “Uuuuuuuuuuuuuu” e emenda em um “Mengooooooo,raça, amor e paixão”. Se o Fred erra a primeira bola a torcida grita “Mercenário, quer aumento pra que?”.

Ganhamos e convencemos. Com crise interna ou não, está claro que isso não nos atinge. É hora de apoiar. O 1 x 19 permanece mais forte que nunca.

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Normal

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Uma exibição como há muito não se via do time do Fluminense. A mudança de técnico fez muito bem e Peter Siemsen acertou ao trazer Cristóvão Borges. Agora o time toca a bola com objetivo, é bem postado na marcação, os jogadores não ficam perdidos em campo e a disposição tática é eficiente.

Não há muito o que dizer, o Fluminense vem jogando bonito, ganhando e convencendo. O time vem fazendo o dever de casa e conquistando todos os pontos possíveis. Semana passada tropeçou, mas nada que estragasse o bom momento.

Vitória em clássico dá moral e o Fluminense precisava disso. Poucos pontos para se criticar e muitos para elogiar. Fred foi o centroavante que precisamos e jogou como tem que jogar, Conca destruiu, Jean e Diguinho fizeram o que se espera: marcaram bem, Wagner mostrou disposição e chegou bem ao ataque, Sóbis só não jogou melhor porque as bolas eram sempre pro Fred. A zaga mostrou que com um comandante certo pode dar conta do recado, parabéns a Gum, Elivelton e Cavalieri. Chiquinho, não se empolgue, parabéns pelo gol que garantiu a vitória, mas não se ache muito. Walter você foi brilhante, poucos teriam a capacidade intelectual de, ganhando a partida e sendo pressionado nos minutos finais, cair no chão, se levantar sem reclamar de falta e iniciar um contra ataque. Bruno, você me irrita, sério, não perderei meu tempo falando mais que isso, eu te odeio.

A minha bronca foi recuar depois de ter feito o gol. Ficamos assistindo (e rindo) o flamengo jogar. O time é confuso, sem brilho, tem um tal de Mugni que estão tentando forçar a gente acreditar que ele é bom (carência de ídolo é foda), nem digno de pena, mas essa porra desse time é cagão pra caramba e não se pode dar mole. Por isso, Cristóvão, bota esse time pra correr e atacar o jogo todo!

Agora é manter a pegada. Temos um time, temos um técnico, agora precisamos de peças de reposição boas e parar com essa briguinha ridícula de diretoria e patrocinador. O Fluminense é maior que isso.

Ganhar Fla x Flu é normal.

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Vim pra ver Senna, não a corrida

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São palavras, imagens e lembranças que não saem da memória de brasileiros e dos milhões de fãs de Ayrton Senna espalhados pelo mundo.

Senna cativou a todos por ser o melhor naquilo que fazia, correr. Seu espírito guerreiro e de inconformidade com um resultado que não fosse a vitória o credenciaram para ser o melhor piloto de todos os tempos. Não foram as corridas ganhas, mas seu jeito agressivo de pilotar.

Não era um cara que acobertava suas falhas com desculpas. Não era um cara que aceitava ser escudeiro de outro. Não era um cara que obedecia ordens que não o favorecessem. Ele não abaixava a cabeça, o foco era o primeiro lugar no pódio e nada mais. Qualquer coisa diferente disso seria ignorada.

Suas derrotas não o faziam ficar acuado, elas davam mais garra para reverter o resultado na corrida seguinte. E ele revertia. E dava show. E humilhava. E fazia questão de mostrar a todos que era o melhor. Todos sabiam quem era o melhor.

Senna mostrou a todos que a F-1 não existiria sem ele. No GP do Brasil de 1994, quando abandonou no início da corrida, o público brasileiro deixou o autódromo em uma mensagem clara para o mundo: viemos pra ver Ayrton Senna, não a F-1.

O melhor piloto de todos os tempos nos deixou. Ficam as lembranças, as voltas rápidas, as comemorações a cada corrida. Dizem que um homem morre quando uma última pessoa para de falar o nome dele. Senna é eterno.

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